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Reforma do Serviço Regional de Saúde

 

“De acordo com Luís Cabral, as tecnologias e as vias de comunicação evoluíram, pelo que não faz sentido manter os moldes do SRS intocados. Na mesma intervenção, o governante garantiu que ainda não existe qualquer decisão formal quanto ao encerramento de serviços na Região e garantiu que esta não será “uma decisão do Governo Regional, mas de consenso, de todos os açorianos face ao seu Serviço de Saúde”. Recorde-se que, em grande entrevista a DI, Luís Cabral admitiu que poderia ter de tomar “decisões difíceis” enquanto secretário regional da Saúde. No debate de ontem, afirmou que terão de ser contrariados “interesses instalados” no SRS para colocar no terreno uma reforma.” In Diário Insular de 2013.02.21

Nem por sombras pretendemos imiscuir-nos, nos meandros técnicos da reforma de tão importante serviço regionalizado que “é um conjunto articulado e coordenado de entidades prestadoras de cuidados de saúde, organizado sob a forma de sistema público de saúde”, em boa altura criado e que tantas mais valias trouxe à saúde dos nossos concidadãos desde há mais de três décadas. No entanto, certo é que muitas, senão mesmo as principais medidas a tomar, serão de ordem política, nomeadamente quanto à cobertura desse serviço, ilha a ilha e dentro de cada ilha, concelho a concelho.

Quando se reforma, tudo fica em causa e, por isso mesmo, todas as opiniões devem ser levadas em linha de conta, com as devidas proporções quanto a quem as profere e quanto à profundidade da abordagem feita.

Uma das medidas tomadas pelos governos de Carlos César, neste domínio, foi a criação das Unidades de Saúde de Ilha, com o propósito de “gerir os recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição e assegurar a prestação de cuidados de saúde à população da sua área de intervenção.” Será que estão em causa as Unidades de Saúde de Ilha?

Será que a coberto desta reforma serão retirados serviços e valências há muito postos à disposição das populações da nossa ilha, como são os três SAP - Serviços de Atendimento Permanente, nos Centros de Saúde de Lajes, São Roque e Madalena? Se assim estão pensando alguns, perguntamos porquê? Redução de custos dos Médicos em “regime de chamada”?

Não queremos crer que seja esse o argumento, mas a ser assim, não se poderia encontrar outras formas de retribuição justa aos mesmos médicos a acordar com a classe?

Há medidas economicistas que a serem implementadas de forma insensível, lesam profundamente direitos das populações, principalmente o grupo etário mais envelhecido, como é o direito ao atendimento célere e de proximidade no acesso os cuidados de saúde.

Deveria ser e é também para esses idosos que existe a nossa Autonomia Politico-Administrativa, ou seja para termos um governo que atente nas nossas especificidades de ilhas com pouca população, mas que mantem o direito inalienável ao acesso aos cuidados de saúde a qualquer hora.

Reformem e melhorem o atendimento às nossas populações, mas não lhes cortem direitos há muito adquiridos.

Não ao retrocesso. Sim à evolução, sim à Telemedicina e a outras medidas tecnologicamente mais evoluídas, mas não se pode sair desta definição:
Aos centros de saúde incumbe a prestação de cuidados de saúde essenciais aos utentes residentes na respetiva área de influência” ou seja, em cada concelho, no caso do Pico.

Queremos ouvir a sua opinião, sugestões ou dúvidas:

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